Bodião-azul, Maragota, Symphodus caeruleus (Azevedo, 1999)
Endémica dos Açores
O Bodião-azul é uma espécie endémica dos Açores que pode ser encontrada em recifes rochosos pouco profundos e costeiros com uma boa cobertura de algas, as quais proporcionam abrigo, alimento e local para nidificação. Nessa espécie, são os machos que constroem os ninhos, com algas, onde as fêmeas colocam seus ovos. As algas são empurradas para o ninho em construção com a boca, com a ajuda de movimentos laterais do corpo e da barbatana caudal. Os ninhos são construídos em fendas ou em pequenas ravinas entre pedregulhos. Depois da fêmea colocar os ovos, o macho toma conta deles até eclodirem.
As aves representado na ilustração são um casal de Garajau-rosado (Sterna dougallii). Trata-se de uma espécie de ave marinha que nidifica no arquipélago dos Açores e a sua reprodução decorre entre abril e julho. Ao contrário do Bodião-azul, o macho e a fêmea revezam-se para chocar os ovos durante 21 a 26 dias até os pintos nascerem. São aves muito raras no continente, mas o arquipélago dos Açores detém a segunda população mais importante de Garajau-rosado do Atlântico Norte, com cerca de 35 colónias. No entanto, o tamanho da população tem vindo a diminuir por causa da depredação dos ninhos por mamíferos introduzidos, principalmente ratos e gatos, o que nalguns casos pode levar à destruição completa da colónia.
Nessa ilustração estão também representadas outras aves marinhas: o Frulho (Puffinus baroli), espécie endémica da Macaronésia, silhueta em cima à direita; e a Alma-negra (Bulweria bulwerii), espécie nativa silhueta mais a baixo. Todas as aves marinhas da ilustração estão classificadas segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como “Pouco Preocupante”, mas estão protegida por legislação regional (Decreto Legislativo Regional n.º 15/2012/A de 2 de Abril).
Ilustração utilizada nos postais e sacos.
Azores blue wrasse, Symphodus caeruleus (Azevedo, 1999)
Endemic to the Azores
The Azores blue wrasse is endemic to the Azores and is found in shallow rocky and coastal reefs, where it uses algae for cover, feeding and nesting. The males of this species build nests of algae where females lay their eggs. Algae are pushed into the nest with the mouth, aided by lateral movements of the body and by the propulsion of the caudal fin. Nests are built in crevices or in small ravines between adjacent boulders. After the female lays the eggs, the male guards them until they hatch.
Also represented in the illustration are seabirds, namely a breeding pair of roseate terns (Sterna dougallii). This species breeds in the Azores between April and July. Unlike the Azores blue wrasse, the male and female tern take turns watching the eggs for 21 to 26 days until they hatch. Roseate terns are very rare on the mainland, but the second most important population in the North Atlantic occurs is in the Azores archipelago with about 35 colonies. However, the size of the populations has been decreasing because of nest predation by introduced mammals, mainly rats and cats, which can lead in some cases to the complete destruction of the colony.
In this illustration you can also see silhouettes of other seabirds: Barolo's shearwater (Puffinus baroli) endemic to Macaronesia (on the top right) and Bulwer's petrel (Bulweria bulwerii) (on the bottom right). All seabirds represented in this illustration are classified as "Least Concern (LC)" according to the International Union for Conservation of Nature (IUCN) and are protected by regional legislation (Regional Legislative Decree 15/2012/A of April 2).
Illustration used on postcards and tote bags.